Saiba um pouco mais sobre o Vitiligo

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Dra. Gabriela Miquelin (dermatologista) | CRM: 151.174

O vitiligo é uma doença da pele adquirida crônica, caracterizada pela perda progressiva dos melanócitos (células produtoras de melanina, pigmento que dá cor à pele). Nos pacientes afetados pelo vitiligo a despigmentação da pele evolue. As manifestações clínicas incluem máculas (manchas) acrômicas (claras, brancas), que aparecem geralmente em áreas fotoexpostas, como face, dorso de mãos, tórax superior e regiões periorificiais, mas podem acometer qualquer região da pele, inclusive mucosas, e também podem afetar os pelos, principalmente os pubianos, sobrancelhas e cílios.


Relativamente comum – afeta de 0,5 a 1% da população mundial – acomete mulheres e homens. Todas as etnias podem ser afetadas e o início da doença pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais aparente entre 20 e 30 anos.
Estudos mostram que cerca de 30 a 40% dos pacientes com vitiligo apresentam história familiar positiva (outro parente com a doença). Existe um fator genético envolvido na sua gênese. No entanto, fatores ambientais são necessários para o seu desenvolvimento.


Embora a causa exata do vitiligo ainda esteja sob debate, acredita-se na influência de fatores imunológicos, neurológicos, bioquímicos e genéticos, sendo que a doença resulta na perda seletiva de melanócitos.


O diagnóstico do vitiligo é essencialmente clínico, com auxílio do exame com lâmpada de Wood, e deve ser feito por um dermatologista. Pode ser pertinente a realização de exames de análises sanguíneas e, caso seu médico julgue necessário, a biópsia de pele.


Algumas outras doenças autoimunes podem apresentar uma incidência aumentada nos pacientes com vitiligo (é o exemplo do hipotireoidismo), por isso a importância da avaliação por um médico especialista.


O tratamento do vitiligo deve ser individualizado, dependendo da extensão e evolução do quadro e da atividade da doença.

Controlar o estresse é uma medida importante, podendo até ser recomendado o acompanhamento psicológico, que pode ter efeitos bastante positivos no resultado do tratamento.


Não se esqueça da importância de consultar seu dermatologista. Ele irá determinar o seu tipo de vitiligo, avaliar se há alguma doença associada e orientar o tratamento mais adequado para você.