As redes sociais têm um impacto significativo na saúde mental. Pesquisas indicam que o uso excessivo das redes sociais pode aumentar o risco de depressão, especialmente entre adolescentes. Isso porque, muitas vezes, as redes sociais criam uma falsa impressão de felicidade, gerando sentimentos de frustração e inveja.
No entanto, é importante notar que o impacto das redes sociais pode variar de pessoa para pessoa. Alguns estudos sugerem que, quando usadas de forma equilibrada, as redes sociais podem até ajudar a reduzir sentimentos de isolamento e fornecer suporte emocional.
Vivemos uma época em que muitas amizades são virtuais, as compras são feitas pela internet, os filmes são vistos individualmente no computador pessoal e os jogos são realizados com pessoas a longa distância. Ou seja: a interação, o olho no olho, o toque e a presença física de outras pessoas se tornam cada vez mais dispensáveis na nossa rotina. O resultado disso? Pode não parecer, mas estamos mais sozinhos. As redes sociais vêm se tornando um vício, criando uma geração de pessoas isoladas, individualistas e, pior, tornando-as mais deprimidas. Quando esse vício e isolamento fogem do controle, entra a necessidade da ajuda de um psicólogo.
O uso das redes sociais é recente e não existem estudos conclusivos sobre os efeitos que causam nas pessoas em longo prazo. Portanto, é arriscado determinar para cada pessoa um tempo limite diário saudável para o uso. Porém, deixar de lado atividades em que a pessoa se relaciona pessoalmente com familiares e amigos para se dedicar por muito tempo ao computador ou celular pode configurar um sinal de alerta.
Falsa impressão de felicidade
O que se vê nas redes sociais muitas vezes é uma falsa impressão de felicidade, gerando frustração e sentimentos de inveja e até raiva naqueles que não vivem uma realidade tão feliz e perfeita.
Por outro lado, existem pessoas que, por apresentarem um quadro de depressão, refugiam-se nas redes sociais para criar vínculos de amizade que não conseguem estabelecer.
O cuidado maior deve ser com os adolescentes que, por se encontrarem em uma fase de desenvolvimento de emoções e caráter, muitas vezes passam a considerar como regra aquilo que visualizam nas redes sociais. Ou seja: vida fácil e felicidade constante. Quando deparados com a realidade ficam frustrados e revoltados, estando suscetíveis à depressão.
Como equilibrar o uso das redes sociais?
Controle o tempo de acesso. Anote por quanto tempo ficou navegando. A partir daí, estabeleça limites diários e semanais e procure não ultrapassá-los.
Tente vencer pequenos desafios pessoais: lance mão de pequenas metas, como dizer a si mesmo “apenas durante este jantar com meus amigos eu não vou mexer no celular” ou “vou passar um final de semana romântico e não vou entrar nas redes sociais por dois dias seguidos”. Cumpra esses desafios e veja qual foi o grau de dificuldade.
Desative contas: se for preciso, adote uma medida radical e desative suas contas nas redes sociais por um tempo e mantenha o controle para não voltar a ativar enquanto não perceber que pode ter o domínio sobre o uso.
Ajuda do psicólogo
Ao perceber que nenhuma das atitudes mostradas tem efeito sobre o desequilíbrio causado pelo intenso acesso às redes sociais e a presença de alguma patologia mental, um psicólogo deve ser procurado para tratar dos problemas desencadeados por esse abuso virtual.
A terapia com um psicólogo fortalece os mecanismos de autocontrole para gerar um equilíbrio no uso das redes sociais, bem como trará a percepção de que nem tudo que se vê no Facebook ou Instagram é real. Cada um deve ser feliz da sua maneira, sem uma fórmula definida.
As redes sociais e a depressão
