Pesquisas comprovam que a saúde, mais do que a genética, é consequência das escolhas de vida. Hábitos saudáveis e acompanhamento de saúde preventivo são o caminho para o envelhecimento com qualidade de vida. Porém, os homens costumam dar menos atenção ao bem-estar físico e realizam menos consultas médicas.
Um levantamento do Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo mostra que 70% dos homens que procuram um consultório médico tiveram a influência da mulher ou filhos. O estudo também revela que mais da metade desses pacientes adiaram a ida ao médico e já chegaram com doenças em estágio avançado.
Os homens brasileiros vivem em média 7,2 anos a menos que as mulheres. Entre as causas de morte prematura estão a violência e acidentes de trânsito, além de doenças cardiovasculares e infartos. Angelita Herrmann, coordenadora de Saúde do Homem do Ministério da Saúde, ressalta a importância de conscientizar o sexo masculino da importância de se cuidar: “Homem não é super-herói, eles precisam quebrar o mito de serem fortes o tempo todo. Essa cultura do não se olhar é que faz com que os homens morram antes das mulheres. É preciso prestar atenção no corpo e ficar atento aos sinais que ele envia. O cuidado deve ser diário. Mudanças de hábitos alimentares, com menos alimentos gordurosos e ultraprocessados são fundamentais. Evitar estes comportamentos é a chave para uma vida mais longa e saudável”.
A adoção de práticas saudáveis, como atividade física regular, alimentação balanceada e uso moderado de bebidas alcoólicas é crucial para diminuir estes agravos evitáveis. A identificação precoce de doenças aumenta as chances de um tratamento eficaz. Por isso, alguns exames devem fazer parte da rotina dos homens.
Aferir a pressão com frequência e acompanhar as taxas de colesterol são importantes para evitar doenças crônicas como a diabetes e a hipertensão. Outros testes importantes a serem realizados dizem respeito às doenças sexualmente transmissíveis como o teste de HIV, hepatite B (HBsAg) e do vírus da hepatite C (anti-HCV).
Os homens com mais de 50 anos e com sintomas de problemas na próstata, como dificuldade para urinar, necessidade de urinar mais vezes (principalmente à noite), urgência para urinar, dificuldade para iniciar ou parar o fluxo urinário, jato urinário fraco, reduzido ou interrompido e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, devem ir ao médico para investigar o problema.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres.
Vale lembrar que o câncer de próstata é considerado de terceira idade, já que ¾ dos casos acontecem a partir dos 65 anos e o risco pode ser maior em quem tem histórico familiar da doença. Daí a importância dos exames preventivos regulares.
Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde
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